quinta-feira, 15 de abril de 2010

Abrindo o coração

Querido diário,
Hoje a tristeza é muito grande.
Tirei minha lente de contato e percebi que agora nem mesmo as cores são possíveis de se distinguir.
O tato é um amigo mais do que confiável: é necessário.
Hoje me dei conta de que moro numa casa de papel...
Onde não se pode ser feliz... Onde não há maneira de se pregar um prego sem pedir permissão... Onde escrever na parede, um recadinho pra você mesma é um pecado mortal...
Hje percebi que todos a minha volta só estão resistindo às casas de papel, porque em breve chegarão as suas tão sonhadas casas de lego!
Casas coloridas, casas para montar e desmontar, conforme a imaginação permitir.
E eu, só estou brigando para colorir a minha casa de papel, sendo que nem mesmo as cores irei saber se correspondem ao tom do meu querer.
Tô procurando nesse mundo um lugar pra mim.