domingo, 21 de junho de 2009

Terça-feira do inferno

Eu juro que merecia uma filmadora no meu dia-a-dia... A minha vida deveria ser um reality show, porque certas coisas "só acontecem comigo"! Por exemplo, num MESMO DIA, uma inesquecível terça feira, eu:(Acredite se quiser)
+ Caí de rasgar o joelho no chão, às 6h30 da manhã, em Contagem,
+ Carregando mochila, maleta de pintura, bolsa do ballet e
uma pasta A3,
+ Uma idiota na rua além de rir, contava pra alguém no celular
do meu tombo,
+ Ninguém nos dois ônibus que peguei quis me dar assento,
+ Todo mundo tava com cara de nojo pra minha ferida,
+ Que escorria um líquido bem gosmento, além do sangue,
+ Cheguei atrasada no primeiro dia de aula com uma turma
diferente do Design
+ Na queda, uma caixa de pigmento preto estourou dentro da maleta
+ Percebi isso porque, por onde andava, deixava um rastro negro
+ Ao abrir a maleta, o pó fino e preto subiu como fumaça
+ Colando por completo no meu rosto suado
+ Lavei meu rosto e, obviamente, o pó com água virou tinta
+ Enfim, respirei fundo e fui pro primeiro dia de aula da Belas
+ Tirando que a professora me dava altas tiradas de boas-vindas
+ Porque eu já havia faltado as duas primeiras semanas
+ Porque a secretaria da UEMG não liberava nem fudendo
a minha vaga
+ A aula de pintura até que foi legal
+ Se eu esquecesse que o joelho tava doendo pra cacete
+ Mais tarde fui pro ballet, pegando outro bus
+ E a professora mandou eu voltar pra casa
+ E ficar uma semana de repouso
+ Porque com aquela ferida eu não estava em condições de ensaiar
+ Pra nossa apresentação que seria na semana seguinte
+ Voltei pra casa, chateada, de mala e cuia
+ Dois bus e um metrô
+ E desci a rua pensando em como o dia tinha sido difícil
+ Até que na esquina de casa, um pombo filho da puta caga
no meu cabelo
+ Isso! O resto dá pra imaginar
+ Fui tomar banho sem saber o que era água de chuveiro
e o que era lágrima...

Queen's Karaoke

(Vamo lá! Meninas cantam o rosa e Meninos cantam o azul)
(E pra bom entendedor meia palavra basta!)
There are plenty of ways that you can hurt a man
And bring him to the ground
You can beat him
You can cheat him
You can treat him bad and leave him
When he's down
I'm ready yes
I'm ready for you
I'm standing on my own two feet
Out of the doorway the bullets rip
Repeating to the sound of the beat
Another one bites the dust
Another one bites the dust
And another one gone and another one gone
Another one bites the dust yeah
Hey I'm gonna get you too
Another one bites the dust
Shoot out

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Le Cirque du Solei

Meus olhos estão ardendo. É o sol. Quando era criança, amava ficar no sol. Porque o sol me deixava tonta e com sono, e era bom tirar cochilos na varanda, enquanto meus cachorros passeavam em cima de mim. Hoje, o sol é pra mim outra coisa. É um cara chato, que faz os meus olhos arderem demais. Tenho dormido pouco, bem menos do que gostaria... e o sol não me ajuda em nada. Ele vem com essa luz esmagadora me falar que já é dia, que estou atrasada, que as horas não param e não estou nem perto de conseguir o que queria. Criei uma espécie de intolerância à luz - um princípio de vampirismo. Quando criança, era no sol que eu ficava tonta. Hoje é na lua. (E, pra ser bem sincera, nem sei se fecho os olhos mais...)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Running in circles

Pedi à moça do caixa um copo d'água e dois big big. Na TV, passava uma maratona e, enquanto a minha água descia pela garganta, o comentarista da programação falava sobre a importância da água em corridas. Eu não tava correndo, mas a água bem que me disse coisas...
Enfim; comprei dois big big, um vermelho e o outro amarelo. Joguei-os dentro da bolsa para mascar mais tarde e, logo que atravessei a rua, pensei: "vou mascar agora!". Enfiei a mão, torcendo pra puxar o amarelo; e foi ele mesmo que saiu. Daí eu concluí, precipitadamente: "sorte no jogo, azar no amor!".
(Sorte no jogo... Azar no amor...) Eu não queria o azar no amor. Mas quem disse que eu tava jogando? Eu tava era... era... amando o chiclets! Isso, tava desejando-o!
Daí consegui ter sorte no amor, porque era mesmo o amarelo que eu queria. E foi assim que menti mais uma vez pra mim.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sobre antes do Parque Ecológico

Nesse dia eu entrei num ônibus totalmente desconhecido. Num impulso de segurança, fui ver as horas e descobri que não tinha relógio. Até a passagem de papel - nem isso sabia se ia passar... Mas passou. Nesse dia mesmo, um pouco antes, escolhi por intuição subir a rua França; e lembrei que estava usando a saia francesa da minha avó. Não tenho tal costume - o de usar as roupas dela. Mas é que nesse dia, eu ia a uma ocasião especial, e queria mesmo estar especial. Esse foi o dia do picnic; e eu senti saudades da vovó...

"Em casa de Espeto, o Ferrero é Rocher"

(Ridi! Pagliati! Ridi!)
(Se você não se lembrar do Espeto, do Manda Chuva, o trocadilho perdeu a graça...)
Enfim.
Muita gente diz que fazer doces em casa pra vender, por mais gostosos que sejam, tira a graça de comê-los. A gente acaba perdendo a vontade. Pra mim, isso é mentira! Ao contrário, a tentação é ainda maior: ver uma lata inteira de leite condensado escorrer para a panela, quebrar os biscoitos com as mãos e mergulhá-los naquele chocolate denso, salpicar com açúcar os quadradinhos desenformados (desenformados lê-se: prontos para comer!)... Ahhhh!
Então, quando você se escandalizar ao ver o tamanho da minha barriga, não me julgue - me compreenda... Afinal, coitada de mim, é inevitável comer duas, três palhas italianas por dia...