segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A história da mulher gorda

Chamei um amigo meu. Ele disse: já vou... e nunca que apareceu. Nesse intervalo, esperei muito. E me cansei. Daí, de outra sala, veio saindo um desconhecido. Pensei: se pego carona nessa pessoa, não preciso mais ficar só. Apenas queria que alguém me entretivesse. Era uma mulher gorda. Levava protótipos de papelão de um arte muito louca dela. Eram tantos, que saíam pela boca. Perguntei: Quer ajuda? Ela disse: Quero! Eu: Até onde vc vai? (Porque queria mesmo ir a algum lugar, com qualquer pessoa desse planeta). Ela: Até o estacionamento... mas não é preciso, daqui posso seguir sozinha, obrigada! Eu fiquei triste. Ela também me dispensara. Tudo bem que poderia ter insistido, mas não. Meu amigo... nem importava mais esperá-lo. Fui embora só. Chamei o elevador. Esse tava ocupado, pois levava a mulher gorda e suas tralhas. Ela foi descendo devagaaaar, e me arrependi de não ter me atrevido a acompanhá-la. Lá de cima, mirava a gorda e sua pirâmide papeloidal. Enquanto descia eu, por entre os vidros do ascensor vi a balofa escorregar, derramando toda a pilha no chão. Acho que nessa hora foi ela quem se arrependeu de ter me dispensado. Enfim. Saímos perdendo. Ambas.

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