sexta-feira, 25 de junho de 2010

Unhappiness

Deixei noivo no altar pra fugir c'amor-bandido.

Mor-bandido virou mocinho,

E cá procuro paixão-de-infância.

Ondé quesse mundo vai parar?

Porque eu, eu vou continuar!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A viagem

pense em flutuar cuma massa voadora

branca, fosca e nebulosa

deixe contornar o delírio dos pássaros

numa dança de ciganas e suas saias

queira não dizer mais nada

só girar, pairar e pousar

pense em nunca mais seus pés tocarem o chão

e nunca mais também poder entender

o que se passar detrás dessa nuvem

pense em só sentir, em descobrir

com os olhos do coração

o que realmente te faz existir

domingo, 6 de junho de 2010

Trocando os pés, sempre!

Não bastasse a névoa constante adquirida pelo astigmatismo, agora a miopa deu pra me fazer tropeçar e trupicar pelas ruas da cidade, dançando o samba do criolo-doido à torto e à direito. Contudo, mais uma missão do Design de Ambientes foi constatada por mim: a sinalização de piso. Estive ontem no boliche Del Rey, alçando vôo para entrar no banheiro feminino! Existe um desnível do piso principal até o banheiro, que foi estupidamente "resolvido" com um degrau, muuuuuuuuuuuito além de 17, 18 ou 19 cm de altura no espelho. Havia uma placa na porta dizendo: CUIDADO, DEGRAU! E eu agradeci aos meus olhos por não terem conseguido deduzir a tempo o que raios era aquela grande mancha vermelha... Enfim, o fato é que tais medidas do bendito degrau são consideradas de risco, isto é, ultrapassam os limites do que seria um degrau "descido confortavelmente". E não é uma placa à porta que vai livrar "los peatones" de tropeçarem e caírem. Então, o que fazer? O Design responde, claro:
  • Sinalização de piso nooooooo pisoooooooooo! Um adesivo alerta no chão, beeeeeeem amarelo e fluorescente
  • Uma textura antiderrapante, antes e depois do degrau, para que os PDV (Portadores de Deficiência Visual) percebam, ao toque dos pés, que alguma mudança no piso está para acontecer
  • Uma rampa, que teria seu percurso um pouco mais prolongado, em função do tamanho do desnível
  • Dooooooooooois degraus, porra!!
  • Um banheiro muuuuuuuuito mais bonito pra, pelo menos, compensar a queda depois de entrar!
Sem contar os corrimãos, cara! Como é que o boliche me faz uma #)$(%*#$%& de degrau daquela altura sem nem ter aonde o usuário do banheiro apoiar-se com as mãos? Pronto, Boliche! 5 soluções para o seu problema... Agora, vê se me contrata aeeeeeeeee!!! Eu trabalho, vocês me pagam, eu pago minha minha cirurgia, e sai todo mundo ganhando! =)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

La sangre

Fui dueño de su alcoba y de su almohada
La tuve beso a beso, piel con piel
Y el sol me sorpendió por su ventana
Cansado de delírio y de placer
Hasta ayer, hasta ayer

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Abrindo o coração

Querido diário,
Hoje a tristeza é muito grande.
Tirei minha lente de contato e percebi que agora nem mesmo as cores são possíveis de se distinguir.
O tato é um amigo mais do que confiável: é necessário.
Hoje me dei conta de que moro numa casa de papel...
Onde não se pode ser feliz... Onde não há maneira de se pregar um prego sem pedir permissão... Onde escrever na parede, um recadinho pra você mesma é um pecado mortal...
Hje percebi que todos a minha volta só estão resistindo às casas de papel, porque em breve chegarão as suas tão sonhadas casas de lego!
Casas coloridas, casas para montar e desmontar, conforme a imaginação permitir.
E eu, só estou brigando para colorir a minha casa de papel, sendo que nem mesmo as cores irei saber se correspondem ao tom do meu querer.
Tô procurando nesse mundo um lugar pra mim.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Carta aos Romanos

Nada melhor do que começar o ano com um delicioso Tapa de Luva! É, e da sua própria consciência... Estava eu, lendo a bíblia, inocentemente (nem tanto pelo dever religioso, mas principalmente por querer saber mais) quando aquela voz interior grita em megafone, estourando até os tímpanos da sua quinta geração: "Chuuuuuuuupa essa mangaaaaaaaaaaaaa" Romanos, capítulo 2, verso 1: "Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós". E o Keyboard Cat como música de fundo... (Busque no youtube!) Mesmo com a cara trincada de vergonha, vou tentar esclarecer as coisas. Você diz às pessoas que serve a Deus de coração e é justo diante dele. E não muito tempo depois, você também conta às pessoas que levou vantagem quando a mulher da cantina errou pra mais o seu troco. Resultado: seus amigos vão ficar se perguntando se faz algum sentido ser fiel, ou mesmo temer a Deus. Isso porque como um nobre cavalheiro, o Papai do Céu sempre vai te ensinar discretamente, e não te castigar perante os homens. Logo, você vai saber que fez errado, mas talvez erre novamente, por não ter passado pelo constragimento de uma correção em público. No fim, você e Deus sempre estarão às boas (pela infinita misericórdia Dele), enquanto Ele e os outros estarão distantes (fruto do seu comportamento). Logo, o mal que você produz faz com que as pessoas não enxerguem Deus na sua vida. Podem até achar que Ele não existe, já que em você Ele não se move... Estamos agindo como inimigos de Deus, e essa verdade dói. Foi o que eu aprendi right now, e espero ter-lhe inspirado também!

sábado, 17 de outubro de 2009

Corpo São

Era uma vez uma menina chata...
Prazer, stefania!
Era uma vez uma menina chata que estava com frio na barriga.
Frio na barriga porque vira um filme muito, muito triste.
E também por causa de uma rã que cruzara seu caminho.
Também por uma lagartixa que lhe fitara cara a cara no banheiro da casa do Presidente Afonso Penna.
Era uma vez uma menina que queria demais.
Mas demais mesmo.
E esse tanto querer lhe dava muito frio na barriga.
Queria dançar, cantar, escrever, pintar, desenhar, cozinhar, costurar.
Queria tudo; queria demais.
Era uma vez um frio na barriga.
O frio se instalava em cada corpo que sentia êxtase e pavor ao mesmo tempo.
Em cada corpo dúbio, cada corpo barroco.
Corpo que não pode saber se dói ou se alegra.
Corpo humano; corpo são.
Era uma vez uma menina chata com um frio na barriga, que queria demais e cujo corpo era são.
Era uma vez um coração.

domingo, 2 de agosto de 2009

Pense numa pessoa que só faz merda...

Se você pensou na opção C), MEUS PARABÉEEEEEEEEEEEEEEEENS!!! Está classificado para a próxima etapa!

Polícia Cármica

Karma Police: Arrest this girl!
Her Hitler hairdo is making me feel ill
And we have crashed her party
Algumas pessoas acreditam ver semelhanças entre mim e a Marjorie... Eu até que poderia ficar feliz com a "parescência", se não fosse ela uma das muitas detidas pela Karma Police. Isso mesmo! Negar o próprio carma - um legítimo curly hair - é caso de polícia! E agora ela fica aí: toda boi-lambeu e condenada em seu penteado Hitler que me deixa mesmo enojada...

sábado, 1 de agosto de 2009

Secura

Hoje me disseram que eu era seca... Se for assim, como essas flores... Por mim tá tudo bem...

A gente é tão besta!

Uma vez, quando era criança, acelerei tanto minha Ceci Caloi de rodinhas que não pude evitar a brusca batida de frente com a parede da varanda. Mais do que qualquer outra parte do corpo, "entre-as-pernas" doía demais, onde o quadro da bicicleta tinha se chocado com muita força. No dia seguinte, no recreio da escola, uma de minhas colegas (Fernandinha) contava como tinha descoberto ser a primeira vez de uma menina. "Dizem que dói demais... tem uma 'carninha' protetora... depois que ela se parte, não há como voltar atrás..." Fui pra casa angustiada. A única coisa que conseguia pensar era: como fazer minha mãe acreditar que, aos 9 anos de idade, eu havia perdido a virgindade num acidente de bicicleta?

sábado, 18 de julho de 2009

Eu quero mais

Para quem quer se soltar

Invento o cais

Invento mais que a solidão me dá

Invento lua nova a clarear

Invento o amor e sei a dor de me lançar

Eu queria ser feliz

Invento o mar

Invento em mim o sonhador

Para quem quer me seguir eu quero mais

Tenho o caminho do que sempre quis

E um saveiro pronto pra partir

Invento o cais

E sei a vez de me lançar

domingo, 21 de junho de 2009

Terça-feira do inferno

Eu juro que merecia uma filmadora no meu dia-a-dia... A minha vida deveria ser um reality show, porque certas coisas "só acontecem comigo"! Por exemplo, num MESMO DIA, uma inesquecível terça feira, eu:(Acredite se quiser)
+ Caí de rasgar o joelho no chão, às 6h30 da manhã, em Contagem,
+ Carregando mochila, maleta de pintura, bolsa do ballet e
uma pasta A3,
+ Uma idiota na rua além de rir, contava pra alguém no celular
do meu tombo,
+ Ninguém nos dois ônibus que peguei quis me dar assento,
+ Todo mundo tava com cara de nojo pra minha ferida,
+ Que escorria um líquido bem gosmento, além do sangue,
+ Cheguei atrasada no primeiro dia de aula com uma turma
diferente do Design
+ Na queda, uma caixa de pigmento preto estourou dentro da maleta
+ Percebi isso porque, por onde andava, deixava um rastro negro
+ Ao abrir a maleta, o pó fino e preto subiu como fumaça
+ Colando por completo no meu rosto suado
+ Lavei meu rosto e, obviamente, o pó com água virou tinta
+ Enfim, respirei fundo e fui pro primeiro dia de aula da Belas
+ Tirando que a professora me dava altas tiradas de boas-vindas
+ Porque eu já havia faltado as duas primeiras semanas
+ Porque a secretaria da UEMG não liberava nem fudendo
a minha vaga
+ A aula de pintura até que foi legal
+ Se eu esquecesse que o joelho tava doendo pra cacete
+ Mais tarde fui pro ballet, pegando outro bus
+ E a professora mandou eu voltar pra casa
+ E ficar uma semana de repouso
+ Porque com aquela ferida eu não estava em condições de ensaiar
+ Pra nossa apresentação que seria na semana seguinte
+ Voltei pra casa, chateada, de mala e cuia
+ Dois bus e um metrô
+ E desci a rua pensando em como o dia tinha sido difícil
+ Até que na esquina de casa, um pombo filho da puta caga
no meu cabelo
+ Isso! O resto dá pra imaginar
+ Fui tomar banho sem saber o que era água de chuveiro
e o que era lágrima...

Queen's Karaoke

(Vamo lá! Meninas cantam o rosa e Meninos cantam o azul)
(E pra bom entendedor meia palavra basta!)
There are plenty of ways that you can hurt a man
And bring him to the ground
You can beat him
You can cheat him
You can treat him bad and leave him
When he's down
I'm ready yes
I'm ready for you
I'm standing on my own two feet
Out of the doorway the bullets rip
Repeating to the sound of the beat
Another one bites the dust
Another one bites the dust
And another one gone and another one gone
Another one bites the dust yeah
Hey I'm gonna get you too
Another one bites the dust
Shoot out

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Le Cirque du Solei

Meus olhos estão ardendo. É o sol. Quando era criança, amava ficar no sol. Porque o sol me deixava tonta e com sono, e era bom tirar cochilos na varanda, enquanto meus cachorros passeavam em cima de mim. Hoje, o sol é pra mim outra coisa. É um cara chato, que faz os meus olhos arderem demais. Tenho dormido pouco, bem menos do que gostaria... e o sol não me ajuda em nada. Ele vem com essa luz esmagadora me falar que já é dia, que estou atrasada, que as horas não param e não estou nem perto de conseguir o que queria. Criei uma espécie de intolerância à luz - um princípio de vampirismo. Quando criança, era no sol que eu ficava tonta. Hoje é na lua. (E, pra ser bem sincera, nem sei se fecho os olhos mais...)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Running in circles

Pedi à moça do caixa um copo d'água e dois big big. Na TV, passava uma maratona e, enquanto a minha água descia pela garganta, o comentarista da programação falava sobre a importância da água em corridas. Eu não tava correndo, mas a água bem que me disse coisas...
Enfim; comprei dois big big, um vermelho e o outro amarelo. Joguei-os dentro da bolsa para mascar mais tarde e, logo que atravessei a rua, pensei: "vou mascar agora!". Enfiei a mão, torcendo pra puxar o amarelo; e foi ele mesmo que saiu. Daí eu concluí, precipitadamente: "sorte no jogo, azar no amor!".
(Sorte no jogo... Azar no amor...) Eu não queria o azar no amor. Mas quem disse que eu tava jogando? Eu tava era... era... amando o chiclets! Isso, tava desejando-o!
Daí consegui ter sorte no amor, porque era mesmo o amarelo que eu queria. E foi assim que menti mais uma vez pra mim.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sobre antes do Parque Ecológico

Nesse dia eu entrei num ônibus totalmente desconhecido. Num impulso de segurança, fui ver as horas e descobri que não tinha relógio. Até a passagem de papel - nem isso sabia se ia passar... Mas passou. Nesse dia mesmo, um pouco antes, escolhi por intuição subir a rua França; e lembrei que estava usando a saia francesa da minha avó. Não tenho tal costume - o de usar as roupas dela. Mas é que nesse dia, eu ia a uma ocasião especial, e queria mesmo estar especial. Esse foi o dia do picnic; e eu senti saudades da vovó...

"Em casa de Espeto, o Ferrero é Rocher"

(Ridi! Pagliati! Ridi!)
(Se você não se lembrar do Espeto, do Manda Chuva, o trocadilho perdeu a graça...)
Enfim.
Muita gente diz que fazer doces em casa pra vender, por mais gostosos que sejam, tira a graça de comê-los. A gente acaba perdendo a vontade. Pra mim, isso é mentira! Ao contrário, a tentação é ainda maior: ver uma lata inteira de leite condensado escorrer para a panela, quebrar os biscoitos com as mãos e mergulhá-los naquele chocolate denso, salpicar com açúcar os quadradinhos desenformados (desenformados lê-se: prontos para comer!)... Ahhhh!
Então, quando você se escandalizar ao ver o tamanho da minha barriga, não me julgue - me compreenda... Afinal, coitada de mim, é inevitável comer duas, três palhas italianas por dia...

sábado, 9 de maio de 2009

Dois meses...

"O que está escrito em mim Comigo ficará guardado Se lhe dá prazer A vida segue sempre em frente O que se há de fazer... Só peço, à você Um favor, se puder Não me esqueça Num canto qualquer..."

Devagarinho é que a gente chega lá...

Se você não acredita você pode tropeçar!
E tropeçando, o seu dedo se arrebenta,
Com certeza não se aguenta,
E nunca pára de chorar...