sábado, 17 de outubro de 2009

Corpo São

Era uma vez uma menina chata...
Prazer, stefania!
Era uma vez uma menina chata que estava com frio na barriga.
Frio na barriga porque vira um filme muito, muito triste.
E também por causa de uma rã que cruzara seu caminho.
Também por uma lagartixa que lhe fitara cara a cara no banheiro da casa do Presidente Afonso Penna.
Era uma vez uma menina que queria demais.
Mas demais mesmo.
E esse tanto querer lhe dava muito frio na barriga.
Queria dançar, cantar, escrever, pintar, desenhar, cozinhar, costurar.
Queria tudo; queria demais.
Era uma vez um frio na barriga.
O frio se instalava em cada corpo que sentia êxtase e pavor ao mesmo tempo.
Em cada corpo dúbio, cada corpo barroco.
Corpo que não pode saber se dói ou se alegra.
Corpo humano; corpo são.
Era uma vez uma menina chata com um frio na barriga, que queria demais e cujo corpo era são.
Era uma vez um coração.

domingo, 2 de agosto de 2009

Pense numa pessoa que só faz merda...

Se você pensou na opção C), MEUS PARABÉEEEEEEEEEEEEEEEENS!!! Está classificado para a próxima etapa!

Polícia Cármica

Karma Police: Arrest this girl!
Her Hitler hairdo is making me feel ill
And we have crashed her party
Algumas pessoas acreditam ver semelhanças entre mim e a Marjorie... Eu até que poderia ficar feliz com a "parescência", se não fosse ela uma das muitas detidas pela Karma Police. Isso mesmo! Negar o próprio carma - um legítimo curly hair - é caso de polícia! E agora ela fica aí: toda boi-lambeu e condenada em seu penteado Hitler que me deixa mesmo enojada...

sábado, 1 de agosto de 2009

Secura

Hoje me disseram que eu era seca... Se for assim, como essas flores... Por mim tá tudo bem...

A gente é tão besta!

Uma vez, quando era criança, acelerei tanto minha Ceci Caloi de rodinhas que não pude evitar a brusca batida de frente com a parede da varanda. Mais do que qualquer outra parte do corpo, "entre-as-pernas" doía demais, onde o quadro da bicicleta tinha se chocado com muita força. No dia seguinte, no recreio da escola, uma de minhas colegas (Fernandinha) contava como tinha descoberto ser a primeira vez de uma menina. "Dizem que dói demais... tem uma 'carninha' protetora... depois que ela se parte, não há como voltar atrás..." Fui pra casa angustiada. A única coisa que conseguia pensar era: como fazer minha mãe acreditar que, aos 9 anos de idade, eu havia perdido a virgindade num acidente de bicicleta?

sábado, 18 de julho de 2009

Eu quero mais

Para quem quer se soltar

Invento o cais

Invento mais que a solidão me dá

Invento lua nova a clarear

Invento o amor e sei a dor de me lançar

Eu queria ser feliz

Invento o mar

Invento em mim o sonhador

Para quem quer me seguir eu quero mais

Tenho o caminho do que sempre quis

E um saveiro pronto pra partir

Invento o cais

E sei a vez de me lançar

domingo, 21 de junho de 2009

Terça-feira do inferno

Eu juro que merecia uma filmadora no meu dia-a-dia... A minha vida deveria ser um reality show, porque certas coisas "só acontecem comigo"! Por exemplo, num MESMO DIA, uma inesquecível terça feira, eu:(Acredite se quiser)
+ Caí de rasgar o joelho no chão, às 6h30 da manhã, em Contagem,
+ Carregando mochila, maleta de pintura, bolsa do ballet e
uma pasta A3,
+ Uma idiota na rua além de rir, contava pra alguém no celular
do meu tombo,
+ Ninguém nos dois ônibus que peguei quis me dar assento,
+ Todo mundo tava com cara de nojo pra minha ferida,
+ Que escorria um líquido bem gosmento, além do sangue,
+ Cheguei atrasada no primeiro dia de aula com uma turma
diferente do Design
+ Na queda, uma caixa de pigmento preto estourou dentro da maleta
+ Percebi isso porque, por onde andava, deixava um rastro negro
+ Ao abrir a maleta, o pó fino e preto subiu como fumaça
+ Colando por completo no meu rosto suado
+ Lavei meu rosto e, obviamente, o pó com água virou tinta
+ Enfim, respirei fundo e fui pro primeiro dia de aula da Belas
+ Tirando que a professora me dava altas tiradas de boas-vindas
+ Porque eu já havia faltado as duas primeiras semanas
+ Porque a secretaria da UEMG não liberava nem fudendo
a minha vaga
+ A aula de pintura até que foi legal
+ Se eu esquecesse que o joelho tava doendo pra cacete
+ Mais tarde fui pro ballet, pegando outro bus
+ E a professora mandou eu voltar pra casa
+ E ficar uma semana de repouso
+ Porque com aquela ferida eu não estava em condições de ensaiar
+ Pra nossa apresentação que seria na semana seguinte
+ Voltei pra casa, chateada, de mala e cuia
+ Dois bus e um metrô
+ E desci a rua pensando em como o dia tinha sido difícil
+ Até que na esquina de casa, um pombo filho da puta caga
no meu cabelo
+ Isso! O resto dá pra imaginar
+ Fui tomar banho sem saber o que era água de chuveiro
e o que era lágrima...

Queen's Karaoke

(Vamo lá! Meninas cantam o rosa e Meninos cantam o azul)
(E pra bom entendedor meia palavra basta!)
There are plenty of ways that you can hurt a man
And bring him to the ground
You can beat him
You can cheat him
You can treat him bad and leave him
When he's down
I'm ready yes
I'm ready for you
I'm standing on my own two feet
Out of the doorway the bullets rip
Repeating to the sound of the beat
Another one bites the dust
Another one bites the dust
And another one gone and another one gone
Another one bites the dust yeah
Hey I'm gonna get you too
Another one bites the dust
Shoot out

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Le Cirque du Solei

Meus olhos estão ardendo. É o sol. Quando era criança, amava ficar no sol. Porque o sol me deixava tonta e com sono, e era bom tirar cochilos na varanda, enquanto meus cachorros passeavam em cima de mim. Hoje, o sol é pra mim outra coisa. É um cara chato, que faz os meus olhos arderem demais. Tenho dormido pouco, bem menos do que gostaria... e o sol não me ajuda em nada. Ele vem com essa luz esmagadora me falar que já é dia, que estou atrasada, que as horas não param e não estou nem perto de conseguir o que queria. Criei uma espécie de intolerância à luz - um princípio de vampirismo. Quando criança, era no sol que eu ficava tonta. Hoje é na lua. (E, pra ser bem sincera, nem sei se fecho os olhos mais...)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Running in circles

Pedi à moça do caixa um copo d'água e dois big big. Na TV, passava uma maratona e, enquanto a minha água descia pela garganta, o comentarista da programação falava sobre a importância da água em corridas. Eu não tava correndo, mas a água bem que me disse coisas...
Enfim; comprei dois big big, um vermelho e o outro amarelo. Joguei-os dentro da bolsa para mascar mais tarde e, logo que atravessei a rua, pensei: "vou mascar agora!". Enfiei a mão, torcendo pra puxar o amarelo; e foi ele mesmo que saiu. Daí eu concluí, precipitadamente: "sorte no jogo, azar no amor!".
(Sorte no jogo... Azar no amor...) Eu não queria o azar no amor. Mas quem disse que eu tava jogando? Eu tava era... era... amando o chiclets! Isso, tava desejando-o!
Daí consegui ter sorte no amor, porque era mesmo o amarelo que eu queria. E foi assim que menti mais uma vez pra mim.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sobre antes do Parque Ecológico

Nesse dia eu entrei num ônibus totalmente desconhecido. Num impulso de segurança, fui ver as horas e descobri que não tinha relógio. Até a passagem de papel - nem isso sabia se ia passar... Mas passou. Nesse dia mesmo, um pouco antes, escolhi por intuição subir a rua França; e lembrei que estava usando a saia francesa da minha avó. Não tenho tal costume - o de usar as roupas dela. Mas é que nesse dia, eu ia a uma ocasião especial, e queria mesmo estar especial. Esse foi o dia do picnic; e eu senti saudades da vovó...

"Em casa de Espeto, o Ferrero é Rocher"

(Ridi! Pagliati! Ridi!)
(Se você não se lembrar do Espeto, do Manda Chuva, o trocadilho perdeu a graça...)
Enfim.
Muita gente diz que fazer doces em casa pra vender, por mais gostosos que sejam, tira a graça de comê-los. A gente acaba perdendo a vontade. Pra mim, isso é mentira! Ao contrário, a tentação é ainda maior: ver uma lata inteira de leite condensado escorrer para a panela, quebrar os biscoitos com as mãos e mergulhá-los naquele chocolate denso, salpicar com açúcar os quadradinhos desenformados (desenformados lê-se: prontos para comer!)... Ahhhh!
Então, quando você se escandalizar ao ver o tamanho da minha barriga, não me julgue - me compreenda... Afinal, coitada de mim, é inevitável comer duas, três palhas italianas por dia...

sábado, 9 de maio de 2009

Dois meses...

"O que está escrito em mim Comigo ficará guardado Se lhe dá prazer A vida segue sempre em frente O que se há de fazer... Só peço, à você Um favor, se puder Não me esqueça Num canto qualquer..."

Devagarinho é que a gente chega lá...

Se você não acredita você pode tropeçar!
E tropeçando, o seu dedo se arrebenta,
Com certeza não se aguenta,
E nunca pára de chorar...

terça-feira, 3 de março de 2009

Nada será como antes

(Milton Nascimento vai se despedindo por mim,
enquanto eu ainda olho de longe!)

Eu já estou com o pé na estrada

Qualquer dia a gente se vê

Sei que nada será como antes, amanhã

Que notícias me dão dos amigos?

Que notícias me dão de você?

Alvoroço em meu coração

Amanhã ou depois de amanhã

Resistindo na boca da noite um gosto de sol

Num domingo qualquer, qualquer hora

Ventania em qualquer direção

Sei que nada será como antes amanhã

Que notícias me dão dos amigos?

Que notícias me dão de você?

Sei que nada será como está

Amanhã ou depois de amanhã

Resistindo na boca da noite um gosto de sol

Eh! Os maus dias chegaram...

O ano passado foi todo uma felicidade tão grande! Sabiiiiiiiia que eu já devia me preparar pra uma fase difícil... Afinal, se não fossem os dias maus eu não saberia o valor dos dias bons. Complicações, vontade de chorar. Eu não sei, não encontrei nada que me entendesse agora: nenhuma música, nenhuma frase, nenhum filme, nenhuma dança. É um sentimento novo. E eu tô com medo. Medo de ver minha vida caminhando pra algum lugar que eu não pretendi... No fim, eu sei, dá tudo certo. Mas ninguém faz longa viagem com bagagem pesada. É preciso deixar certas coisas pra trás... E é isso que tá doendo: abrir mão.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O enrolo do bolo de rolo

Uma noite, minha mãe apareceu com uma "surpresa". Era um bolo de rolo que ela tinha ganhado de uma amiga do trabalho que esteve em Recife. Parecia um pequeno rocambole: sua massa era extremamente fina e o recheio, de goiabada. Para não acabar no mesmo dia, minha mãe partiu uma fatia finíssima pra eu experimentar. Depois da prova, achei que aquela era a maior delícia doce já inventada em todo universo! E fui dormir feliz...
No dia seguinte, ao chegar da escola, vasculhei toda a cozinha atrás do bolo... e nada! Me esforcei por ficar acordada, só esperando minha mãe chegar pra eu comer outra fatia da maravilha intergalática. No entanto, com medo de que eu realmente acabasse com o bolo, a dona Elizabeth o escondeu e não lembrava mais onde tinha guardado... Que "nbndfhgdfbnkjfbudfhg"!!!
No começo eu achei que era golpe dela... mas depois percebi que ela fatalmente procurava o bolo de rolo sem sucesso... Passei dias na expectativa e, se dependesse de mim, eu mesma iria ao Nordeste trazer um novo.
Pensava tanto no bolo de rolo que uma noite até tive pesadelo. Sonhei que era meu aniversário, e eu ganhara um bolo inteirinho pra mim. Mas quando minha mãe colocou as velinhas em cima dele, os convidados acharam que ele seria servido para todos... Logo ele? Que era tão pequeno? Então eu me pus a correr com o bolo na mão, as velas ainda acesas, e todos as pessoas da festa começaram a me perseguir com garfos e facas! Foi desesperador!!!
Por fim, conseguiram me pegar e atacaram o meu bolinho querido! Tiravam lascas tão grossas que pra mim só sobrou o último pedaço. E, quando finalmente ia degustá-lo... acordei!
Não sei quanto tempo se passou até minha mãe achar o bolo na cozinha. Talvez, uns três ou quatro dias, mas pra mim foi uma eternidade. Então, com lágrimas nos olhos (hehehe) estava diante dele novamente, para comer-lhe mais um refrescante pedaço. Foi engraçado até; porque no mesmo instante a magia se foi. Ele não era tão gostoso quanto eu pensava... A economia foi tanta que ele acabou abandonado, endurecido na geladeira.
Agora eu te pergunto: o que eu pude aprender com tudo isso?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Beto Guedes vai pro céu

Essa música é "sem comentários"... Analise a sua coerência com certas verdades espirituais, e reflita se o crente precisa mesmo se alienar e ouvir apenas a rádio gospel, hehehe
***
O Sal da Terra
(Beto Guedes)
Anda! Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Bem que tá na hora de arrumar...
Tempo! Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
(Gálatas 5:14)
Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
(1 João 4:8)
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver...
(Provérbios 18:2)
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
(João 14:27)
O sal da...Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta! Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã...
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
(Mateus 18:20)
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
(1 Coríntios 10:17)
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...
(Apocalipse 22:12)
Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra
(Mateus 5:13)
***
(Demais... né?) Fique atento às manifestações de arte. Querer encontrar a própria origem é a aspiração de todo ser humano. Muitos artistas já descobriram a verdade, sem contudo, perceberem que se tratava de Jesus Cristo.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Pelos meus cálculos...

É... pelos meus cálculos (e faço mesmo, muitos!) novas postagens no blog só acontecerão aos domingos. Afinal, durante a semana estarei estudando... e quando não, pensando em estudar, hehehe (hipocrisia é mato!)
Isso me lembrou aquele personagem do Pequeno Príncipe, o homem dos negócios. Um alguém sempre insatisfeito, querendo mais e mais. O diálogo com ele era assim:
***
PP: – E de que te serve possuir as estrelas?
Homem: – Serve-me para ser rico.
PP: – E para que te serve ser rico?
Homem: – Para comprar outras estrelas, se alguém achar.
***
Lindo, né? Esse livro tem umas sacadas muito inteligentes. A gente nunca se contenta com o que tem... Não tenho dinheiro para contabilizar, mas no meu caso, estou sempre cronometrando o tempo, pra dar conta de executar todas as atividades que quero. A vida seria mais leve e colorida se não fôssemos tão, sei lá, ganaciosos, pretenciosos... Se Deus quiser e me ajudar, essa realidade vai ser diferente!!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

About today

Stefania diz: não deu!!! João Rafael diz: calma Stefania diz: acho q vc pode me ouvir, sabia? João Rafael diz: vc falanu ? onde? Stefania diz: sim! sabe aquelas conchas grandes que a gente escuta o barulho do mar? acho q é lá! João Rafael diz: hahaah sacanagem Stefania diz: vc tem uma? hehehehehe João Rafael diz: não, mas eu quase comprei uma bem bunita na viagem... vc me da uma? Stefania diz: se minas tivesse mar eu até te daria uma concha... prefiro te dar uma lembrança daqui João Rafael diz: pode ser... qdo formos ao mar a gente compra, né? Stefania diz: compra???? cata na praia João Rafael diz: compra! pq dessas não se acham na praia Stefania diz: acham sim, eu já achei qnd era criança... João Rafael diz: mas dessas grandes de por no ouvido? Stefania diz: eh! teve até uma sereia q falou: cuidado menina! ela pode te furar João Rafael diz: é verdade João Rafael diz: e um boto tb! João Rafael diz: e boto no mar, ainda por cima Stefania diz: kakakakakakakaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa João Rafael diz: heeeeeeeeeeehehehehe Stefania diz: eu estou com crise de riso João Rafael diz: eu queria ver